Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo??
Por que os filmes de batalhas espaciais têm explosões tão barulhentas, se o som não se propaga no vácuo???
Se depois do banho estamos limpos, por que lavamos a toalha???
Por que quando aparece no computador a frase "Teclado Não Instalado", o fabricante pede p/ apertar qualquer tecla???
Por que a palavra "Grande" é menor do que a palavra "Pequeno"???
Por que "Separado" se escreve tudo junto e "Tudo Junto" se escreve separado???
Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado???
Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca???
Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola???
Por que quando alguém nos pede que ajudemos a procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: "Onde foi que você perdeu?"???
Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo???
Ah, as perguntas...! Às vezes, muito doidas, mas sempre deixando aquela pulga atrás da orelha.
Aparentemente, nenhuma dessas perguntas parece ter uma resposta satisfatória.
É o que pode acontecer conosco também. Formulamos tin tin por tin tin. Desenvolvemos a missão, projetamos uma visão, estruturamos os valores. Pensamos todo o processo, da produção ao pós-venda. Definimos toda a estratégia, cuidamos da propaganda, detalhamos os objetivos e traçamos metas. No fim, a pergunta: mas o que deu errado?
É... é brabo... mas às vezes, queridos leitores, acontece. E nem sempre há explicação. O caminho mais seguro é perguntar à experiência. Essa quase nunca falha. Pra entender, por exemplo, porque até hoje ninguém sabe a fórmula da Coca Cola, só com muita experiência de mercado.
Não sabemos o porquê do mistério, mas um dia a gente chega lá...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
A gente promete que não é paixão. Enfim, tá na mídia, tá acontecendo, e por isso temos que falar. Futebol, mais uma vez...
Lembra do marketing de personalidades? A grosso modo, trata-se daquelas campanhas publicitárias que se utilizam de grandes astros para vender produtos e/ou agregar valor às marcas.
Pois é. Com a ida de Ronaldo Fenômeno para o Corinthians, a venda de camisas do Timão aumentou consideravelmente. Essa contratação polêmica fez com que o time paulista vendesse igual à água no deserto.
O volume de vendas nesse curto espaço de tempo superou o total vendido em um ano. Detalhes: Ronaldo está gordinho e o preço da camisa é de R$169,90.
Taí a força da personalidade. O Corinthians está em evidência: a mídia se volta por completo para o clube. E não só do Brasil, mas de todo o mundo. As empresas correm para conseguir qualquer contrato que evidencie suas marcas. É... o negócio tá bom!
Mas... tem seus riscos.
Já imaginaram Ronaldo jogando mal? Hum... não queríamos estar perto para ver a fúria da torcida, que é, literalmente, FIEL ao clube do coração.
Além disso, parece-nos que Ronaldo é chamariz de problemas e polêmicas. Como se ele não aguentasse muito tempo longe de intrigas e confusões. Basta lembrar do recente caso com os travestis, além de sua eterna "briga" com a balança.
Onde está a personalidade, está a sua marca.
Marketing de personalidade tem seus riscos. Cuidado ao adotar essa estratégia. O chute pode bater na trave.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
A upside sempre atenta ao que acontece no Brasil e no mundo. Não poderíamos, então, deixar passar um fato tão marcante na história do povo brasileiro. Mais precisamente: na história de uma fatia da população carioca, apaixonada por futebol, vascaína.
Sim, triste...
Lamentável o rebaixamento do clube da Colina. Ruim para todos: para o clube, para o torcedor, para o futebol carioca. Enfim... aconteceu... E essas coisas acontecem.
Mas o que isso tem a ver com marketing? Tudo!
Já ouviram falar em CVP? Ciclo de Vida do Produto. Pois vamos relembrar: A CVP analisa um determinado produto e sua posição no mercado concorrente. Ele pode estar na época do lançamento, do crescimento, da manutenção, ou do declínio.
Obviamente, introdução é o momento em que o produto é lançado no mercado, contando com um esforço grande para divulgá-lo, tornando-o conhecido.
O período de crescimento tem como principais objetivos: o aumento da participação de mercado e o fortalecimento da posição competitiva. Por conta disso, observam-se esforços para aumentar a distribuição, buscar novos consumidores e aperfeiçoar a qualidade.
A fase da maturidade, marcada por um aumento significativo da concorrência, busca a maximização dos lucros e a defesa da participação de mercado conquistada. Algumas ações podem ser notadas, como a diversificação de marcas e modelos, a adequação de preço x concorrência, o aumento da promoção de vendas, etc.
O período de declínio, por sua vez, tem como metas principais a redução de preço, a seleção da distribuição, a redução da comunicação/promoção, etc. Na verdade, busca-se a redução dos gastos e a otimização dos ganhos.
E o Vasco? E o Vasco na CVP?
Pois é... deve ser unânime: o Vasco atravessa o declínio. E de tanto declinar, afundou na 2ª divisão do campeonato brasileiro.
Agora é a hora de um reposicionamento, de selecionar muito bem o elenco para o ano 2009, de cortar os gastos desnecessários (os jogadores too much expensive). Agora é hora de sair de cena ou de levantar a poeira, características da fase de declínio.
O que aconteceu ao Vasco pode acontecer com qualquer um: a você, profissional (em sua carreira); a você, empresário (em seus negócios).
Analisem sempre a CVP! Em qual período vocês estão encaixados?
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Já ouviu falar em segmentação? Superficialmente falando: quando você escolhe determinado segmento de mercado para focar sua estratégia de marketing.
Logicamente, partimos do pressuposto que uma idéia nunca atingirá toda a população da mesma maneira, uma vez que indivíduos/grupos possuem características distinas.
As principais variáveis utilizadas na segmentação de mercado, formado por compradores e vendedores que se diferem de diversas maneiras (desejos, recursos, localizações, atitudes de compra, etc), são:
*
Geográfica - exige que o mercado seja dividido em diferentes unidades geográficas: países, regiões, estados, municípios, cidades e bairros.
Demográfica - consiste na divisão em grupos com base em: idade, sexo, família, ciclo de vida familiar, renda, escolaridade, religião, raça e nacionalidade.
Psicográfica - os cosumidores são divididos considerando-se classe social, estilo de vida e características de personalidade.
Comportamental - formam-se pelo seu conhecimento, atitudes, uso ou resposta ao produto.
Pois bem, conhecendo um pouco mais sobre segmentação, perguntamos a todos: a história da Chapeuzinho Vermelho abaixo estaria exposta de maneira acertada para cada público a que se destina?
Vale o debate...
A história de Chapeuzinho Vermelho na imprensa e cada versão:
JORNAL NACIONAL (William Bonner):
'Boa noite.. Uma menina chegou a ser devorada por um Lobo na noite de ontem...'.(Fátima Bernardes):'... mas a atuação de um caçador evitou umatragédia'.
PROGRAMA DA HEBE (Hebe Camargo):
'... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'.
BRASIL URGENTE (Datena):
'... onde é que a gente vai parar? Cadê as Autoridades? Cadê as autoridades? !A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público!Não tem transporte público!E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!!Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'.
REVISTA VEJA:
Lula sabia das intenções do lobo.
REVISTA CLÁUDIA:
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no Caminho.
REVISTA NOVA:
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.
FOLHA DE S. PAULO:
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'.Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador'.
O ESTADO DE S. PAULO:
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.
O GLOBO:
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente.
ZERO HORA:
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.
AGORA:
Sangue e tragédia na casa da vovó.
JORNAL SUPER NOTÍCIAS:
Lobo mastiga as tripas da chapeuzinho e lenhador destrói tripas do lobo para retirar a garota (foto ao lado da barriga do lobo com astripas pra fora).
REVISTA CARAS (Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte):
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa".
PLAYBOY (Ensaio fotográfico no mês seguinte):
Veja o que só o lobo viu.
REVISTA ISTO É:
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador):
Lenhador mostra o machado.
SUPER INTERESSANTE:
Lobo mau! Mito ou verdade?
DISCOVERY CHANNEL:
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva esobreviver.
*
Definição das variáveis de segmentação retirada do livro Descobrindo o Marketing. Editora OPVS. Rio de Janeiro. 2008.
Logicamente, partimos do pressuposto que uma idéia nunca atingirá toda a população da mesma maneira, uma vez que indivíduos/grupos possuem características distinas.
As principais variáveis utilizadas na segmentação de mercado, formado por compradores e vendedores que se diferem de diversas maneiras (desejos, recursos, localizações, atitudes de compra, etc), são:
*
Geográfica - exige que o mercado seja dividido em diferentes unidades geográficas: países, regiões, estados, municípios, cidades e bairros.
Demográfica - consiste na divisão em grupos com base em: idade, sexo, família, ciclo de vida familiar, renda, escolaridade, religião, raça e nacionalidade.
Psicográfica - os cosumidores são divididos considerando-se classe social, estilo de vida e características de personalidade.
Comportamental - formam-se pelo seu conhecimento, atitudes, uso ou resposta ao produto.
Pois bem, conhecendo um pouco mais sobre segmentação, perguntamos a todos: a história da Chapeuzinho Vermelho abaixo estaria exposta de maneira acertada para cada público a que se destina?
Vale o debate...
A história de Chapeuzinho Vermelho na imprensa e cada versão:
JORNAL NACIONAL (William Bonner):
'Boa noite.. Uma menina chegou a ser devorada por um Lobo na noite de ontem...'.(Fátima Bernardes):'... mas a atuação de um caçador evitou umatragédia'.
PROGRAMA DA HEBE (Hebe Camargo):
'... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'.
BRASIL URGENTE (Datena):
'... onde é que a gente vai parar? Cadê as Autoridades? Cadê as autoridades? !A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público!Não tem transporte público!E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!!Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'.
REVISTA VEJA:
Lula sabia das intenções do lobo.
REVISTA CLÁUDIA:
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no Caminho.
REVISTA NOVA:
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.
FOLHA DE S. PAULO:
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'.Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador'.
O ESTADO DE S. PAULO:
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.
O GLOBO:
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente.
ZERO HORA:
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.
AGORA:
Sangue e tragédia na casa da vovó.
JORNAL SUPER NOTÍCIAS:
Lobo mastiga as tripas da chapeuzinho e lenhador destrói tripas do lobo para retirar a garota (foto ao lado da barriga do lobo com astripas pra fora).
REVISTA CARAS (Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte):
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa".
PLAYBOY (Ensaio fotográfico no mês seguinte):
Veja o que só o lobo viu.
REVISTA ISTO É:
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador):
Lenhador mostra o machado.
SUPER INTERESSANTE:
Lobo mau! Mito ou verdade?
DISCOVERY CHANNEL:
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva esobreviver.
*
Definição das variáveis de segmentação retirada do livro Descobrindo o Marketing. Editora OPVS. Rio de Janeiro. 2008.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Mais uma sobre branding.
Dessa vez, um dos grandes pensadores do marketing, professor da Northwestern University, Don Schultz, que desenvolveu o conceito de "marketing integrado", fala de modo especial ao Brasil - como devemos melhorar nossa imagem no exterior.
Abaixo, trechos da entrevista concedida à revista Amanhã.
Deleitem-se!
O poder das marcas brasileiras
Com os mercados em crise, o marketing deve sofrer uma reforma para atender novas demandas?
Com certeza a comunicação deve se tornar ainda mais integrada e ainda com mais foco no consumidor, se é que isso é possível. É preciso que se preste mais a atenção nos consumidores do que nos produtos que estão sendo vendidos. Por isso, as pesquisas para entender quem está comprando determinado produto, ou quem poderia ser um possível comprador, são a primeira dica para o sucesso - seja em mercados com ou sem crise. O importante é apostar na segmentação e no público-alvo. Sei que isso não é coisa nova, mas as empresas ainda estão se preocupando com a massa. É necessário quebrar esse paradigma de uma vez por todas.
Mas como fazer isso?
Explorar as novas mídias pode ser um dos caminhos. Mas o principal é que a comunicação e o marketing não podem ser um monólogo. É preciso ouvir e dialogar com os consumidores.
E no exterior, como são vistas as marcas brasileiras?
Os brasileiros têm que reconhecer que hoje eles têm que competir globalmente pelos mercados. Por isso, fora do país, as marcas devem ser muito melhoradas. O país precisa ver que ele é muito visado no exterior e usar isso ao seu favor. Além disso, há muitas oportunidades para ser exploradas. É preciso usar mais a cultura local no branding no exterior - se isso se aplicar ao produto efetivamente. Vocês devem convencer o mundo de que não são apenas os melhores no futebol, mas em muitas outras coisas.
O que você prevê para o marketing no futuro?
Com a crise financeira, tivemos um abalo muito grande no branding de grandes marcas que eram símbolos de confiança. Agora, é preciso fazer - de novo - todo um trabalho de construção de valores e credibilidade nas instituições financeiras. Em todas. Para que elas avancem na economia é preciso que se reorganizem como entidades fortes. Mas não acredito que os Estados Unidos serão a marca dessa fortaleza no futuro. Além disso, as pessoas estão usando cada vez mais mídias diferentes, e é preciso repensar isso. As culturas estão se tornando mais específicas e focadas.
Mas não haverá uma cultura globalizada?
Sim, existem e existirão pessoas globais. São aquelas que andam ao redor do mundo, que aprendem sobre várias culturas, mas elas sempre se voltam para se orgulhar da cultura local. Por isso, as marcas devem se focar em tornarem-se mais regionalizadas do que globais.
Dessa vez, um dos grandes pensadores do marketing, professor da Northwestern University, Don Schultz, que desenvolveu o conceito de "marketing integrado", fala de modo especial ao Brasil - como devemos melhorar nossa imagem no exterior.
Abaixo, trechos da entrevista concedida à revista Amanhã.
Deleitem-se!
O poder das marcas brasileiras
Com os mercados em crise, o marketing deve sofrer uma reforma para atender novas demandas?
Com certeza a comunicação deve se tornar ainda mais integrada e ainda com mais foco no consumidor, se é que isso é possível. É preciso que se preste mais a atenção nos consumidores do que nos produtos que estão sendo vendidos. Por isso, as pesquisas para entender quem está comprando determinado produto, ou quem poderia ser um possível comprador, são a primeira dica para o sucesso - seja em mercados com ou sem crise. O importante é apostar na segmentação e no público-alvo. Sei que isso não é coisa nova, mas as empresas ainda estão se preocupando com a massa. É necessário quebrar esse paradigma de uma vez por todas.
Mas como fazer isso?
Explorar as novas mídias pode ser um dos caminhos. Mas o principal é que a comunicação e o marketing não podem ser um monólogo. É preciso ouvir e dialogar com os consumidores.
E no exterior, como são vistas as marcas brasileiras?
Os brasileiros têm que reconhecer que hoje eles têm que competir globalmente pelos mercados. Por isso, fora do país, as marcas devem ser muito melhoradas. O país precisa ver que ele é muito visado no exterior e usar isso ao seu favor. Além disso, há muitas oportunidades para ser exploradas. É preciso usar mais a cultura local no branding no exterior - se isso se aplicar ao produto efetivamente. Vocês devem convencer o mundo de que não são apenas os melhores no futebol, mas em muitas outras coisas.
O que você prevê para o marketing no futuro?
Com a crise financeira, tivemos um abalo muito grande no branding de grandes marcas que eram símbolos de confiança. Agora, é preciso fazer - de novo - todo um trabalho de construção de valores e credibilidade nas instituições financeiras. Em todas. Para que elas avancem na economia é preciso que se reorganizem como entidades fortes. Mas não acredito que os Estados Unidos serão a marca dessa fortaleza no futuro. Além disso, as pessoas estão usando cada vez mais mídias diferentes, e é preciso repensar isso. As culturas estão se tornando mais específicas e focadas.
Mas não haverá uma cultura globalizada?
Sim, existem e existirão pessoas globais. São aquelas que andam ao redor do mundo, que aprendem sobre várias culturas, mas elas sempre se voltam para se orgulhar da cultura local. Por isso, as marcas devem se focar em tornarem-se mais regionalizadas do que globais.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Recorramos ao pai do marketing, Philip Kotler. Vejamos: " A marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou combinação entre esses elementos capaz de identificar bens ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los de concorrentes".
Perfeito! Explicação simples e bastante prática do que vem a ser uma marca. Quisemos postar essa definição, pois ficamos confusos quando, pelas estradas da vida, nos deparamos com algumas marcas. Fica um pergunta: o que vocês enxergam ao olharem os exemplos abaixo?
E a sensacional dica de hoje: na hora de fazer marketing, por favor, chame a quem realmente entende do assunto.
Já imaginou deparar-se com um cliente que gostaria de apimentar sua relação conjugal com novas experiências?! Que diferencial hein...
Todas as imagens foram retiradas do blog de Iván Reguera (ivanreguera.blogspot.com).
Perfeito! Explicação simples e bastante prática do que vem a ser uma marca. Quisemos postar essa definição, pois ficamos confusos quando, pelas estradas da vida, nos deparamos com algumas marcas. Fica um pergunta: o que vocês enxergam ao olharem os exemplos abaixo?
E a sensacional dica de hoje: na hora de fazer marketing, por favor, chame a quem realmente entende do assunto.
Já imaginou deparar-se com um cliente que gostaria de apimentar sua relação conjugal com novas experiências?! Que diferencial hein...
Todas as imagens foram retiradas do blog de Iván Reguera (ivanreguera.blogspot.com).
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
O que você pensaria de um vietnamita que, fugindo de seu governo comunista, chega ao Brasil no porão de um navio pesqueiro? Pois veja a matéria abaixo e surpreenda-se.
O reciclador de idéias
Um vietnamita que hoje fabrica sandálias novas com pneus velho conta o que fez para se adaptar às exigências do mercado sem perder o rumo.
Por Carin Hommonnay Petti
Foi por acaso que Thái Quang Nghiã, de 50 anos, chegou ao Brasil, no final dos anos 70. Depois de uma temporada num campo de trabalhos forçados no Vietnã — punição por seu descontentamento com o governo comunista —, ele escapou do país no porão de um barco pesqueiro junto com outros 66 fugitivos. Resgatado em alto-mar por um navio da Petrobras, foi parar no Rio de Janeiro, em pleno carnaval, sem falar uma palavra de português. Hoje ele é dono do grupo Domini, que detém a marca Goóc, de sandálias de pneu reciclado, o carro-chefe da empresa, e de bolsas de lona de caminhão usada. Com faturamento de R$ 50 milhões no ano passado, a empresa tem 280 funcionários, duas fábricas em São Paulo e outra em Feira de Santana, na Bahia. Na carteira de clientes, gigantes do porte da C&A, Avon e Galeries Lafayette, a maior loja de departamentos da França. Desta vez, porém, seus feitos não vieram do acaso. Boa parte do sucesso do vietnamita é resultado de sua disposição de mudar estratégias e procurar outros canais de venda quantas vezes forem necessárias para se adaptar a diferentes cenários e fisgar novas oportunidades.
Foto: Daniela Toviansky
Seu jogo de cintura não vem de hoje. Nghiã começou a vida de empresário em 1986, depois de receber 400 bolsas como pagamento de uma dívida. Decidiu vendê-las para recuperar pelo menos parte do prejuízo. Inexperiente, cogitou, a exemplo de grande parte dos outros pequenos fabricantes do ramo, desovar a mercadoria entre atacadistas da rua 25 de Março, tradicional centro do comércio popular paulistano. Mas, em busca de menos concorrência e preços melhores, acabou optando pela venda de loja em loja na Grande São Paulo. Houve quem estranhasse a presença daquele homem de olhos puxados e sotaque carregado. “Alguns comerciantes pensavam que eu vendia mercadoria roubada para a máfia chinesa”, diz. Ainda assim, venceu a desconfiança e se desfez de todo o estoque.
Animado com os resultados, decidiu apostar na produção própria. Ele mesmo se encarregava de cortar e estampar as peças em casa e depois levá-las às oficinas que fariam a costura. Por pouco a iniciativa não lhe custou o casamento. Ele conta que sua mulher, inconformada com o cheiro de tinta no apartamento, foi passar uma temporada na casa da sogra, com a filha recém-nascida a tiracolo. Apesar da represália, Nghiã persistiu. Dois anos depois, com o aumento da produção, já tinha custos magros o suficiente para garantir bons negócios com vendedores atacadistas. Foi o que faltava para que ele pudesse vender seus produtos na mesma 25 de Março que havia rejeitado antes.
De lá para cá, voltou a trocar inúmeras vezes de público-alvo. Em diferentes fases, apostou em lojas próprias, atacadistas de cidades de norte a sul do país, empresas de catálogos e no mercado de brindes de empresas. E por que tanta mudança?“Preciso estar sempre atento a novas oportunidades”, afirma. “No mundo de hoje não é o grande que engole o pequeno, é o rápido que engole o devagar”. A frase pode até ser batida, mas não é infundada.“ Os bons empreendedores correm atrás de nichos e oportunidades”, diz o consultor Tales Andreassi, professor do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getulio Vargas. O coordenador do Centro de Empreendedorismo do Ibmec-São Paulo, Marcos Hashimoto, pensa da mesma forma. “É importante revisar sempre todos os aspectos do negócio, incluindo produtos e canais de venda”, afirma.
Persistente esse vietnamita... um exemplo para todos nós!
O reciclador de idéias
Um vietnamita que hoje fabrica sandálias novas com pneus velho conta o que fez para se adaptar às exigências do mercado sem perder o rumo.
Por Carin Hommonnay Petti
Foi por acaso que Thái Quang Nghiã, de 50 anos, chegou ao Brasil, no final dos anos 70. Depois de uma temporada num campo de trabalhos forçados no Vietnã — punição por seu descontentamento com o governo comunista —, ele escapou do país no porão de um barco pesqueiro junto com outros 66 fugitivos. Resgatado em alto-mar por um navio da Petrobras, foi parar no Rio de Janeiro, em pleno carnaval, sem falar uma palavra de português. Hoje ele é dono do grupo Domini, que detém a marca Goóc, de sandálias de pneu reciclado, o carro-chefe da empresa, e de bolsas de lona de caminhão usada. Com faturamento de R$ 50 milhões no ano passado, a empresa tem 280 funcionários, duas fábricas em São Paulo e outra em Feira de Santana, na Bahia. Na carteira de clientes, gigantes do porte da C&A, Avon e Galeries Lafayette, a maior loja de departamentos da França. Desta vez, porém, seus feitos não vieram do acaso. Boa parte do sucesso do vietnamita é resultado de sua disposição de mudar estratégias e procurar outros canais de venda quantas vezes forem necessárias para se adaptar a diferentes cenários e fisgar novas oportunidades.
Foto: Daniela Toviansky
Seu jogo de cintura não vem de hoje. Nghiã começou a vida de empresário em 1986, depois de receber 400 bolsas como pagamento de uma dívida. Decidiu vendê-las para recuperar pelo menos parte do prejuízo. Inexperiente, cogitou, a exemplo de grande parte dos outros pequenos fabricantes do ramo, desovar a mercadoria entre atacadistas da rua 25 de Março, tradicional centro do comércio popular paulistano. Mas, em busca de menos concorrência e preços melhores, acabou optando pela venda de loja em loja na Grande São Paulo. Houve quem estranhasse a presença daquele homem de olhos puxados e sotaque carregado. “Alguns comerciantes pensavam que eu vendia mercadoria roubada para a máfia chinesa”, diz. Ainda assim, venceu a desconfiança e se desfez de todo o estoque.
Animado com os resultados, decidiu apostar na produção própria. Ele mesmo se encarregava de cortar e estampar as peças em casa e depois levá-las às oficinas que fariam a costura. Por pouco a iniciativa não lhe custou o casamento. Ele conta que sua mulher, inconformada com o cheiro de tinta no apartamento, foi passar uma temporada na casa da sogra, com a filha recém-nascida a tiracolo. Apesar da represália, Nghiã persistiu. Dois anos depois, com o aumento da produção, já tinha custos magros o suficiente para garantir bons negócios com vendedores atacadistas. Foi o que faltava para que ele pudesse vender seus produtos na mesma 25 de Março que havia rejeitado antes.
De lá para cá, voltou a trocar inúmeras vezes de público-alvo. Em diferentes fases, apostou em lojas próprias, atacadistas de cidades de norte a sul do país, empresas de catálogos e no mercado de brindes de empresas. E por que tanta mudança?“Preciso estar sempre atento a novas oportunidades”, afirma. “No mundo de hoje não é o grande que engole o pequeno, é o rápido que engole o devagar”. A frase pode até ser batida, mas não é infundada.“ Os bons empreendedores correm atrás de nichos e oportunidades”, diz o consultor Tales Andreassi, professor do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getulio Vargas. O coordenador do Centro de Empreendedorismo do Ibmec-São Paulo, Marcos Hashimoto, pensa da mesma forma. “É importante revisar sempre todos os aspectos do negócio, incluindo produtos e canais de venda”, afirma.
Persistente esse vietnamita... um exemplo para todos nós!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
14 de novembro de 2008. A upside estava lá. Marcou presença e, na pessoa do Gustavo, falou bonito. Não importa se foi ao ar ou não - isso é apenas um detalhe não muito importante. Naquele momento, o que realmente importou foi a ousadia do Gustavo que, mesmo na berlinda, respondeu a todas as perguntas. E se não entenderam ou gostaram das respostas, foi porque certamente não estavam à altura da genialidade do "moreno".
No final, a upside fez bonito.
Para esclarecimentos: a reportagem, feita pela repórter Renata Ceribelli, foi ao ar nesse último domingo, no programa Fantástico, da Globo. Pena terem cortado a fala dele. Enfim... são os gênios sempre mal compreendidos.
Até a próxima reportagem!
No final, a upside fez bonito.
Para esclarecimentos: a reportagem, feita pela repórter Renata Ceribelli, foi ao ar nesse último domingo, no programa Fantástico, da Globo. Pena terem cortado a fala dele. Enfim... são os gênios sempre mal compreendidos.
Até a próxima reportagem!
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
A 1ª participação da upside em um evento universitário aconteceu. E não poderia ser melhor: em lançamento de um livro escrito democraticamente, ou seja, por diversos professores da Estácio de Sá.
O livro em questão chama-se Descobrindo o Marketing, obra finalizada por 11 autores. Já com algumas páginas lidas - sim, compramos o livro! - percebemos a riqueza dos conteúdos e a importância das informações contidas em cada tópico.
Para nós, de modo especial, esse lançamento tem uma importância enorme. Primeiro, porque evidencia conhecimentos e abordagens diferentes de cada autor, em partes distintas do livro. Segundo, porque, definitivamente, a literatura nacional de marketing precisa de uma revigorada. Terceiro, porque a troca de informações e experiências entre os profissionais é fundamental para o amadurecimento do mercado brasileiro - e por que não dizer, também, do "marquetista"*?
Parabéns à iniciativa. A upside apóia e incentiva ações como essa. E que venham mais publicações por aí - o Brasil precisa, o marketing quer, a upside agradece.
* "Marquetista": termo criado pelo Prof. Francisco Távora, que designa "o artista da criação, do desenvolvimento e da aplicação positiva dos instrumentos do marketing para o benefício da sociedade, no geral, e o de cada cidadão, no particular".
Aluna em momento "divulgação".
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Vamos pensar:
você, há anos atrás, monta sua empresa. Cheio de gás e disposição, começa a desenvolver trabalhos e a prestar serviços de qualidade que, segundo sua percepção, são de altíssimo nível. O tempo passa e você, definitivamente, não consegue mensurar o real valor que a sua idéia atingiu ao longo de todos esses anos. Então, finalmente, pergunta-se: afinal, quanto vale a minha marca?
Jez Frampton, presidente da consultoria Interbrand, costuma utilizar um exemplo do escritor alemão Goethe para responder à essa pergunta. Segundo o escritor, "a Marinha inglesa, na época a mais poderosa do mundo, costumava colocar um fio vermelho na urdidura de todas as cordas usadas em seus navios com o objetivo de identificá-las como propriedade da Coroa Britânica. O fio era impossível de ser removido da corda sem que fosse necessário desmanchá-la completamente".
Frampton explica que "a marca é como o fio vermelho. Ela permeia todo o negócio, torna-se um poderoso instrumento econômico capaz de gerar valor para a companhia e é impossível de ser separada do todo".
Ele ainda afirma que "o valor de uma marca é uma conexão entre o coração, o cérebro e o bolso das pessoas, ou seja, combina confiança, expectativas e capacidade de gerar negócios".
A cada ano, a equipe comandada por Frampton se debruça sobre balanços de centenas de empresas de todo o planeta, destrincha relatórios de analistas especializados e realiza pesquisas
de opinião para montar a lista das 100 marcas globais mais valiosas. Trata-se da mais respeitada avaliação sobre marcas, publicada em parceria com a revista americana de negócios BusinessWeek.
Para chegar ao valor de uma marca, a Interbrand, por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade
da marca para gerar lucros futuros. Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas empresas em mercados promissores.
Um ótimo exemplo de marca forte é a Apple, empresa gerida por Steve Jobs. Segundo a Interbrand, possui um valor de 10 bilhões de dólares.
"É justamente em tempos de crise que uma marca forte se revela determinante, já que funciona como uma referência para um consumidor cercado por incertezas".
Então, você já sabe: da próxima vez em que se perguntar sobre o real valor de sua marca, não esqueça de levar em consideração os conceitos acima descritos. Já imaginou sua marca no próximo relatório da Interbrand? Que susto!!
http://www.interbrand.com/
você, há anos atrás, monta sua empresa. Cheio de gás e disposição, começa a desenvolver trabalhos e a prestar serviços de qualidade que, segundo sua percepção, são de altíssimo nível. O tempo passa e você, definitivamente, não consegue mensurar o real valor que a sua idéia atingiu ao longo de todos esses anos. Então, finalmente, pergunta-se: afinal, quanto vale a minha marca?
Jez Frampton, presidente da consultoria Interbrand, costuma utilizar um exemplo do escritor alemão Goethe para responder à essa pergunta. Segundo o escritor, "a Marinha inglesa, na época a mais poderosa do mundo, costumava colocar um fio vermelho na urdidura de todas as cordas usadas em seus navios com o objetivo de identificá-las como propriedade da Coroa Britânica. O fio era impossível de ser removido da corda sem que fosse necessário desmanchá-la completamente".
Frampton explica que "a marca é como o fio vermelho. Ela permeia todo o negócio, torna-se um poderoso instrumento econômico capaz de gerar valor para a companhia e é impossível de ser separada do todo".
Ele ainda afirma que "o valor de uma marca é uma conexão entre o coração, o cérebro e o bolso das pessoas, ou seja, combina confiança, expectativas e capacidade de gerar negócios".
A cada ano, a equipe comandada por Frampton se debruça sobre balanços de centenas de empresas de todo o planeta, destrincha relatórios de analistas especializados e realiza pesquisas
de opinião para montar a lista das 100 marcas globais mais valiosas. Trata-se da mais respeitada avaliação sobre marcas, publicada em parceria com a revista americana de negócios BusinessWeek.
Para chegar ao valor de uma marca, a Interbrand, por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade
da marca para gerar lucros futuros. Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas empresas em mercados promissores.
Um ótimo exemplo de marca forte é a Apple, empresa gerida por Steve Jobs. Segundo a Interbrand, possui um valor de 10 bilhões de dólares.
"É justamente em tempos de crise que uma marca forte se revela determinante, já que funciona como uma referência para um consumidor cercado por incertezas".
Então, você já sabe: da próxima vez em que se perguntar sobre o real valor de sua marca, não esqueça de levar em consideração os conceitos acima descritos. Já imaginou sua marca no próximo relatório da Interbrand? Que susto!!
http://www.interbrand.com/
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Quem ainda duvida do real poder de consumo das crianças, é bom que reveja seus conceitos.
A pesquisa "Kid's Power: as Relações de Consumo dos Pequenos Soberanos na América Latina", realizada pela TNS InterScience revela informações - que até poderíamos dizer - preocupantes, curiosas e oportunas.
Segundo Karina Milaré, diretora de planejamento, o poder exercido pelas crianças "foi concedido pelos próprios pais para compensar as necessidades infantis (geradas pelas mudanças da estrutura familiar)".
Abaixo, seguem alguns trechos bem interessantes da pesquisa.
Como nasceu a pesquisa?
As crianças, cada vez mais, demonstram autonomia nas decisões de consumo da família, prejudicando a maneira como as mães se enxergam, a sua auto-estima e autoridade. Para as empresas, em contrapartida, esse poder influencia diretamente as receitas que obtêm com esse público. A mídia, por sua vez, promove mudanças na maneira de as agências se comunicarem no momento de vender o produto. Para entender esse comportamento, falamos com crianças de 3 a 9 anos, faixa etária em que percebemos as maiores mudanças acontecerem. Realizamos a pesquisa na Argentina, México e Guatemala. No Brasil, ouvimos consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Recife, Porto Alegre e Curitiba.
Que números traduzem esse cenário?
O estudo indicou que 57% das crianças brasileiras pesquisadas apresentaram poder de percepção muito alto. Esse fato ocorre em razão da mudança da dinâmica familiar, que está mais complicada por causa do atual papel da mulher. Ela tem de se comprometer cada vez mais com o orçamento familiar. Os pais ainda não sabem como se posicionar nesse quadro da nova família. O resultado dessa mudança impacta principalmente a criança, que acaba indo para a escola mais cedo. Essa saída precoce para o mundo possibilita que ela desenvolva uma capacidade de
avaliação mais acurada, se tornando mais exigente em relação aos produtos que consome e ao ambiente em que vive.
Como avalia essa autonomia de consumo?
O aspecto negativo está no fato de que a criança acaba ganhando um poder que não está madura para receber, como compensação para a deficiência familiar. Nesse cenário, existe uma desestruturação da família. Não me refiro somente à separação dos pais, mas também à maneira como os papéis se misturaram. Muitas vezes, a criança fica sem referência para saber quem irá impor limites a ela. É muito importante para sua formação que haja essa referência da pessoa que vai dizer o que ela pode ou não fazer, o que ela pode ou não comprar. E como essa referência não está clara, o consumo acaba sendo uma solução compensatória. Nesse ponto, o consumo
desenfreado das crianças torna-se negativo, pois, na verdade, ele é incentivado pelos pais para compensar uma fragilidade que está na família, mas que não se sustenta ao longo do tempo, e não tornará necessariamente a criança feliz.
E qual é o aspecto positivo?
O lado positivo dessa nova família está no fato de que a criança utiliza cada vez mais sua inteligência, aumentando seu potencial criativo e cognitivo. Esse novo comportamento como consumidor exigente impulsiona as empresas e os meios de comunicação no sentido de se readequarem. O ideal é buscar o equilíbrio entre esses dois pontos.
Como atender corretamente esse consumidor?
Investindo em conteúdos interativos, que permitam à criança entrar, dar sua opinião e colocar sua personalidade naquele conteúdo. A Internet se tornou um dos principais meios de sociabilização e interatividade para o público infantil. Com relação aos temas, por causa do desenvolvimento cognitivo dessas crianças, vemos a preocupação delas com assuntos relevantes, como a questão ambiental, a inclusão social e o aquecimento global. Hoje, chamam a atenção das crianças assuntos que, num grau maior ou menor, também educam.
Quais os acertos da comunicação com o público kid?
A pesquisa mostra que a publicidade enxergou o fato de que as crianças ganham cada vez mais autonomia nas decisões de consumo e deve ter pensado: “Por que eu preciso da mãe? Vou falar diretamente com elas.” A publicidade está se aproveitando disso de um modo eficiente, se considerarmos eficiência fazer com que as crianças peçam aos pais para comprar produtos. Qual é o erro dessa abordagem? As mães estão ressentidas porque a comunicação publicitária deixou de falar com elas e passou a se dirigir a seus filhos, passando por cima da sua autoridade de mãe. O problema está no fato de a publicidade não saber equacionar, ao mesmo tempo, os desejos das mães e os das crianças.
Como equacionar esses desejos?
Um bom exemplo é o do canal a cabo Cartoon Network. Quando a criança se cadastra no site, ele envia um e-mail para a mãe pedindo autorização para se comunicar com seu filho. Isso garante que a individualidade da criança não será invadida por uma indústria ou uma empresa.
Mas que dilema deve ser para os pais marqueteiros: um mercado cheio de oportunidades e filhos inseridos nesse contexto.
Haja estratégia para aguentar as manhas e as birras do público-alvo...
A pesquisa "Kid's Power: as Relações de Consumo dos Pequenos Soberanos na América Latina", realizada pela TNS InterScience revela informações - que até poderíamos dizer - preocupantes, curiosas e oportunas.
Segundo Karina Milaré, diretora de planejamento, o poder exercido pelas crianças "foi concedido pelos próprios pais para compensar as necessidades infantis (geradas pelas mudanças da estrutura familiar)".
Abaixo, seguem alguns trechos bem interessantes da pesquisa.
Como nasceu a pesquisa?
As crianças, cada vez mais, demonstram autonomia nas decisões de consumo da família, prejudicando a maneira como as mães se enxergam, a sua auto-estima e autoridade. Para as empresas, em contrapartida, esse poder influencia diretamente as receitas que obtêm com esse público. A mídia, por sua vez, promove mudanças na maneira de as agências se comunicarem no momento de vender o produto. Para entender esse comportamento, falamos com crianças de 3 a 9 anos, faixa etária em que percebemos as maiores mudanças acontecerem. Realizamos a pesquisa na Argentina, México e Guatemala. No Brasil, ouvimos consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Recife, Porto Alegre e Curitiba.
Qual é o perfil do consumidor kid?
São crianças que sabem o que querem, têm desejos exacerbados, apresentam nível cognitivo altíssimo, níveis de poder e de autonomia muito grande, e estão cada vez mais exigentes. Por outro lado, a pesquisa revelou que as crianças se ressentem da falta de atividade e de tratamento infantil. Esse é um fato importante, sobre o qual as indústrias deverão refletir, e se indagar se não estão exigindo demais dessas crianças. Também são crianças inteligentes a ponto de entender quando é hora de recuar, se querem algo a que devem renunciar, ou de insistir.
Estão cada vez mais estrategistas.
Que números traduzem esse cenário?
O estudo indicou que 57% das crianças brasileiras pesquisadas apresentaram poder de percepção muito alto. Esse fato ocorre em razão da mudança da dinâmica familiar, que está mais complicada por causa do atual papel da mulher. Ela tem de se comprometer cada vez mais com o orçamento familiar. Os pais ainda não sabem como se posicionar nesse quadro da nova família. O resultado dessa mudança impacta principalmente a criança, que acaba indo para a escola mais cedo. Essa saída precoce para o mundo possibilita que ela desenvolva uma capacidade de
avaliação mais acurada, se tornando mais exigente em relação aos produtos que consome e ao ambiente em que vive.
Como avalia essa autonomia de consumo?
O aspecto negativo está no fato de que a criança acaba ganhando um poder que não está madura para receber, como compensação para a deficiência familiar. Nesse cenário, existe uma desestruturação da família. Não me refiro somente à separação dos pais, mas também à maneira como os papéis se misturaram. Muitas vezes, a criança fica sem referência para saber quem irá impor limites a ela. É muito importante para sua formação que haja essa referência da pessoa que vai dizer o que ela pode ou não fazer, o que ela pode ou não comprar. E como essa referência não está clara, o consumo acaba sendo uma solução compensatória. Nesse ponto, o consumo
desenfreado das crianças torna-se negativo, pois, na verdade, ele é incentivado pelos pais para compensar uma fragilidade que está na família, mas que não se sustenta ao longo do tempo, e não tornará necessariamente a criança feliz.
E qual é o aspecto positivo?
O lado positivo dessa nova família está no fato de que a criança utiliza cada vez mais sua inteligência, aumentando seu potencial criativo e cognitivo. Esse novo comportamento como consumidor exigente impulsiona as empresas e os meios de comunicação no sentido de se readequarem. O ideal é buscar o equilíbrio entre esses dois pontos.
Como atender corretamente esse consumidor?
Investindo em conteúdos interativos, que permitam à criança entrar, dar sua opinião e colocar sua personalidade naquele conteúdo. A Internet se tornou um dos principais meios de sociabilização e interatividade para o público infantil. Com relação aos temas, por causa do desenvolvimento cognitivo dessas crianças, vemos a preocupação delas com assuntos relevantes, como a questão ambiental, a inclusão social e o aquecimento global. Hoje, chamam a atenção das crianças assuntos que, num grau maior ou menor, também educam.
Quais os acertos da comunicação com o público kid?
A pesquisa mostra que a publicidade enxergou o fato de que as crianças ganham cada vez mais autonomia nas decisões de consumo e deve ter pensado: “Por que eu preciso da mãe? Vou falar diretamente com elas.” A publicidade está se aproveitando disso de um modo eficiente, se considerarmos eficiência fazer com que as crianças peçam aos pais para comprar produtos. Qual é o erro dessa abordagem? As mães estão ressentidas porque a comunicação publicitária deixou de falar com elas e passou a se dirigir a seus filhos, passando por cima da sua autoridade de mãe. O problema está no fato de a publicidade não saber equacionar, ao mesmo tempo, os desejos das mães e os das crianças.
Como equacionar esses desejos?
Um bom exemplo é o do canal a cabo Cartoon Network. Quando a criança se cadastra no site, ele envia um e-mail para a mãe pedindo autorização para se comunicar com seu filho. Isso garante que a individualidade da criança não será invadida por uma indústria ou uma empresa.
Mas que dilema deve ser para os pais marqueteiros: um mercado cheio de oportunidades e filhos inseridos nesse contexto.
Haja estratégia para aguentar as manhas e as birras do público-alvo...
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Quando dois grandes publicitários se encontram para debater publicidade, "coisas" acontecem.
Os profissionais em questão são Nizan Guanaes, do grupo ABC, e Fábio Fernandes, da F/Nazca.
Para mais detalhes sobre o evento, promovido pela Maximídia, sugiro que assitam ao vídeo no blog "Louco não, publicitário".
O clima esquentou tanto que, após o debate, Fábio Fernandes fez uma declaração pública. Lendo tal declaração, a upside enxergou um parágrafo bastante interessante. Mas que antes fique claro: não tomamos partido de ninguém! Se o Nizan sabe ou não fazer propaganda, isso é lá com ele e seus clientes.
Discussões e discordâncias à parte, só esse pequeno trecho vale uma boa reflexão.
Abaixo, a delcaração de Fábio.
"Não é à toa que ele está tão preocupado com a crise de liquidez que todos vamos enfrentar nos próximos tempos. Ele sabe que o dinheiro, quanto mais valioso e raro fica, melhor tem que ser aplicado. E, com menos dinheiro, é a inteligência o que a propaganda vai voltar a exigir. Quanto mais economizarmos, compensados por uma mensagem forte e memorável, mais eficientes seremos para os nossos clientes.
Ninguém lembra de um amigo medíocre que fala pouco, alguns até se recordam de um amigo chato que fala muito, mas todos sentem saudades do amigo genial que falava coisas legais. Ou seja: o modelo de negócio dele desmoronou.
A festa acabou para quem não passava de vendedor de um montão de espaço na mídia e começou para quem tem o Que e o Como dizer nesse espaço, que será inevitavelmente menor. E isso ele não sabe fazer."
Os profissionais em questão são Nizan Guanaes, do grupo ABC, e Fábio Fernandes, da F/Nazca.
Para mais detalhes sobre o evento, promovido pela Maximídia, sugiro que assitam ao vídeo no blog "Louco não, publicitário".
O clima esquentou tanto que, após o debate, Fábio Fernandes fez uma declaração pública. Lendo tal declaração, a upside enxergou um parágrafo bastante interessante. Mas que antes fique claro: não tomamos partido de ninguém! Se o Nizan sabe ou não fazer propaganda, isso é lá com ele e seus clientes.
Discussões e discordâncias à parte, só esse pequeno trecho vale uma boa reflexão.
Abaixo, a delcaração de Fábio.
"Não é à toa que ele está tão preocupado com a crise de liquidez que todos vamos enfrentar nos próximos tempos. Ele sabe que o dinheiro, quanto mais valioso e raro fica, melhor tem que ser aplicado. E, com menos dinheiro, é a inteligência o que a propaganda vai voltar a exigir. Quanto mais economizarmos, compensados por uma mensagem forte e memorável, mais eficientes seremos para os nossos clientes.
Ninguém lembra de um amigo medíocre que fala pouco, alguns até se recordam de um amigo chato que fala muito, mas todos sentem saudades do amigo genial que falava coisas legais. Ou seja: o modelo de negócio dele desmoronou.
A festa acabou para quem não passava de vendedor de um montão de espaço na mídia e começou para quem tem o Que e o Como dizer nesse espaço, que será inevitavelmente menor. E isso ele não sabe fazer."
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Inesperadamente, um grupo de consumidores pode dar sentido a um produto.
O texto de Peri de Castro, retirado do Portal Exame, é bastante interessante.
"Por diversas vezes já se decretou o aparecimento de um novo consumidor - exigente e imune aos apelos domarketing. Os membros dessa nova geração seriam quase inatingíveis pelas campanhas tradicionais e representariam o desafio do século para os marqueteiros de grandes corporações.
O texto de Peri de Castro, retirado do Portal Exame, é bastante interessante.
"Por diversas vezes já se decretou o aparecimento de um novo consumidor - exigente e imune aos apelos domarketing. Os membros dessa nova geração seriam quase inatingíveis pelas campanhas tradicionais e representariam o desafio do século para os marqueteiros de grandes corporações.
Um livro recentemente lançado nos Estados Unidos chama a atenção por levantar um argumento quase oposto. Escrito pelo jornalista Rob Walker, Buying In (algo como "Comprando a idéia", numa tradução livre) defende que os consumidores de hoje nunca estiveram tão predispostos ao consumo nem se engajaram de maneira tão intensa na construção das marcas. Walker explica que algumas marcas souberam perceber o novo comportamento e seguir essa tendência adotando duas táticas: tornando-se mais atentas às reações que vinham das ruas e optando por mensagens mais sutis em suas estratégias de persuasão. O jornalista criou um neologismo para nomear o novo relacionamento entre empresas e consumidores - "murketing", união das palavras marketing e murky (nebuloso, em inglês). O termo, segundo o autor, sintetiza uma relação em que as marcas se dedicam a construir uma relação de cumplicidade como consumidor - em que as armas mais eficazes passam longe de campanhas convencionais na TV.
Segundo Walker, as empresas precisam estar atentas aos grupos de consumidores que inesperadamente podem dar sentido a um produto - ou, para seguir a metáfora do autor, "criar uma narrativa". Um dos melhores exemplos disso é o da cerveja Pabst Blue Ribbon, uma marca quase desconhecida, consumida durante décadas por pais de famílias dos subúrbios americanos. Para surpresa dos executivos da cervejaria, o produto caiu no gosto dos universitários de grandes cidades e passou a ser vendido em bares freqüentados por um público que os próprios representantes de venda da empresa classificavam de "aquela gente alternativa". Com o reposicionamento forçado, a Pabst entrou na mesma sintonia e começou a patrocinar rádios de rock pouco conhecidas e viu suas vendas dobrar, entre 2001 e 2006, ao se tornar uma espécie de hit da contracultura".
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Texto excepcional do Sérgio Guerreiro, sócio da SPGA Consultoria de Comunicação. Sem mais a declarar.
"Por que lá fora quase 80% das concorrências são coordenadas por consultorias independentes? Existem cerca de 20 consultorias de comunicação no mundo, a maioria absoluta na Europa, EUA e Ásia.
Define-se uma consultoria independente como uma empresa não pertencente a nenhum grupo de comunicação, e que é remunerada exclusivamente pelos clientes, não pelas agências.
Há pelo menos sete razões que podem ajudar a entender esses 80% lá fora:
Lá, os clientes sabem que eles são especialistas no seu negócio, e não na área de comunicação. Cada macaco no seu galho.
Não existe o encantamento com publicitários badalados ou descolados, uma curiosidade tipicamente brasileira. O objetivo não é conhecer e ser visto em público. A relação é respeitosamente profissional.
O processo de seleção não é um happening, mas uma busca criteriosa por parceiros que contribuam efetivamente para os objetivos comerciais da empresa.
O melhor parceiro não é o mais charmoso, nem o mais esperto, nem o mais baratinho. Mas sim o mais adequado. Os clientes geralmente não sabem disto, mas nem toda a boa agência é boa para qualquer cliente.
Eles sabem que tempo é dinheiro. O processo de uma concorrência, conduzido profissionalmente, é trabalhoso e toma muito tempo. Os executivos da empresa são pagos para outras atividades.
Uma consultoria independente ajuda o cliente a tomar a melhor decisão, com todos os embasamentos técnicos e sem aquelas famosas "pressões emocionais".
E, last but not least, sempre poderá haver um culpado para ser responsabilizado, caso algo dê errado...
Quais as recomendações que cabem aqui no Brasil?
Metodologias e critérios claros, justos e transparentes. Para cada caso existe uma técnica de seleção apropriada, que permite identificar a melhor alternativa.
Dizer não a um número absurdo de agências. Cinco no máximo, na short-list. Mesmo na long-list, temos visto quantidades ridículas de agências pré-qualificadas. Os critérios prioritários devem ser qualidade e adequação.
Dizer não a briefings cheios de tecnicismos inúteis - eles devem ser simples e focados, circunscritos a objetivos determinados. Há uma tendência de vários clientes de repassar toda a problemática do produto ou serviço, esperando que a agência "revise" seu plano de marketing. Numa fase especulativa isto não é justo nem ético.
Dizer não a gastos abusivos e desnecessários para as agências. Quando o briefing é focado, e delimitada a quantidade de material a ser apresentado, o trabalho de julgamento é facilitado. E não se confunde o cliente com aquelas apresentações espetaculosas e onerosas.
Dizer não a trabalhos de graça para grandes campanhas especulativas. Quando apropriado, propor o pagamento de um free.
Ênfase na qualidade da equipe que vai julgar. Há uma tendência do cliente reunir democraticamente toda a equipe, mas os menos experientes devem se resumir a espectadores atentos.
Respeito a direitos autorais. Regras para a remuneração de agências perdedoras, que tiveram algumas de suas idéias utilizadas posteriormente pelo cliente.
Dizer não a clientes predadores financeiros. Que apresentam contratos leoninos, imputando responsabilidades exageradas e condições injustas para a agência. A melhor recomendação, nesta área delicada, é sempre combinar antes os critérios de remuneração.
Há uma tendência a freqüência exagerada de concorrências. Muitas vezes tem que se ter a coragem de recomendar ao cliente não abrir uma concorrência, a menos que ela seja absolutamente necessária. Nossa experiência mostra que, freqüentemente, os problemas de um relacionamento deteriorado contêm uma boa parcela de culpa do cliente - sua equipe, sua estrutura ou seus processos.
E termino dizendo que, embora estas considerações se dirijam basicamente a concorrências privadas, não vejo porque muitas delas não possam conceitualmente ser aplicadas a licitações públicas.
Ou conceitos como ética, qualidade e isenção devem ter interpretações particulares?
kicker: O processo de seleção é uma busca criteriosa por parceiros que contribuam para os objetivos comerciais da empresa".
Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10
Sérgio Guerreiro - Sócio da SPGA Consultoria de Comunicação
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Se pensarmos a estrutura básica do marketing, inevitavelmente chegaremos àqueles três conhecidos tópicos:
Se analisarmos um pouco mais tal estrutura, concluiremos que necessidade e desejo não são criados pelo marketing. Através de um exemplo simples, isso fica mais claro. Vejamos:
Necessidade
O homem precisa comer.
Desejo
O homem quer comer queijo.
Demanda (marketing)
O homem pode comer queijo minas frescal.
A partir disso, percebemos o marketing como uma cadeia importantíssima, sendo muito mais que um impulsionador de vendas simplesmente. Ele, na verdade, age em desejos que sequer conhecemos. Por isso, a tarefa de "fazer marketing" é extremamente difícil - requer habilidade, experiência e sensibilidade para perceber o que o consumidor deseja.
Imaginem agora o seguinte desafio: como incentivar os homens a lavar as mãos após o xixi? Hum... vamos aos três tópicos...
Necessidade
Fazer xixi.
Desejo
Fazer xixi com uma gostosa no banheiro.
Demanda
É... acho que eles conseguiram o objetivo.
Na hora de incentivar o público-alvo, um pouco de criatividade faz muito bem.
NECESSIDADE - DESEJO - DEMANDA
Se analisarmos um pouco mais tal estrutura, concluiremos que necessidade e desejo não são criados pelo marketing. Através de um exemplo simples, isso fica mais claro. Vejamos:
Necessidade
O homem precisa comer.
Desejo
O homem quer comer queijo.
Demanda (marketing)
O homem pode comer queijo minas frescal.
A partir disso, percebemos o marketing como uma cadeia importantíssima, sendo muito mais que um impulsionador de vendas simplesmente. Ele, na verdade, age em desejos que sequer conhecemos. Por isso, a tarefa de "fazer marketing" é extremamente difícil - requer habilidade, experiência e sensibilidade para perceber o que o consumidor deseja.
Imaginem agora o seguinte desafio: como incentivar os homens a lavar as mãos após o xixi? Hum... vamos aos três tópicos...
Necessidade
Fazer xixi.
Desejo
Fazer xixi com uma gostosa no banheiro.
Demanda
É... acho que eles conseguiram o objetivo.
Na hora de incentivar o público-alvo, um pouco de criatividade faz muito bem.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Se você tivesse que prever o mercado de marketing no ano 2020, o que diria? Um recente estudo feito pela 1to1 Media mostra-nos um universo interessante. Vamos a ele:
Haverá uma mudança positiva, que englobará um aprimoramento na habilidade de capturar e compartilhar informações, um melhor entendimento das necessidades dos clientes e uma melhora significativa na experiência e adequação de mensagens relevantes aos canais preferidos por cada cliente.
O futuro do marketing estará baseado na construção de relacionamentos autênticos, mais do que no desenvolvimento de novos produtos, sendo que os clientes ganharão maior controle nessa relação.
Ferramentas de chats on line, blogs e comunidades virtuais, cada vez mais, transmitirão o controle da imagem da marca para as mãos dos consumidores. Sob o ponto de vista do cliente, uma má experiência de consumo ou pós-venda causará impacto exponencial na reputação da empresa, já que os clientes compartilharão eletronicamente suas histórias.
As empresas bem-sucedidas serão aquelas capazes de manter o foco na justiça e na transparência, construindo confiança. Na verdade, a confiança irá se tornar objetivo primário.
O crecimento da colaboração dos clientes também será fundamental. Essa contribuição nas ações das empresas prevalecerá e aumentará conforme as ferramentas que apóeim o levantamento de insight e a participação dos clientes forem aprimoradas.
Esse foi, mais ou menos, o futuro enxergado para uns 11 anos lá na frente. E você... como enxerga esse mundo?
Haverá uma mudança positiva, que englobará um aprimoramento na habilidade de capturar e compartilhar informações, um melhor entendimento das necessidades dos clientes e uma melhora significativa na experiência e adequação de mensagens relevantes aos canais preferidos por cada cliente.
O futuro do marketing estará baseado na construção de relacionamentos autênticos, mais do que no desenvolvimento de novos produtos, sendo que os clientes ganharão maior controle nessa relação.
Ferramentas de chats on line, blogs e comunidades virtuais, cada vez mais, transmitirão o controle da imagem da marca para as mãos dos consumidores. Sob o ponto de vista do cliente, uma má experiência de consumo ou pós-venda causará impacto exponencial na reputação da empresa, já que os clientes compartilharão eletronicamente suas histórias.
As empresas bem-sucedidas serão aquelas capazes de manter o foco na justiça e na transparência, construindo confiança. Na verdade, a confiança irá se tornar objetivo primário.
O crecimento da colaboração dos clientes também será fundamental. Essa contribuição nas ações das empresas prevalecerá e aumentará conforme as ferramentas que apóeim o levantamento de insight e a participação dos clientes forem aprimoradas.
Esse foi, mais ou menos, o futuro enxergado para uns 11 anos lá na frente. E você... como enxerga esse mundo?
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Em artigo muito interessante publicado pela ISI Emerging Markets, em 08 de outubro de 2008, foi levantada uma questão que para nós brasileiros, marqueteiros ou não, gera curiosidade. "Country Branding". Ou marca-país.
Essa expressão evidencia todo um cuidado quanto à criação e à gestão da marca de países ou regiões. "Em outras palavras, busca-se entender a verdadeira essência de um país ou região, olhando de dentro para fora, e criar uma visão estratégica única para ser aplicada em diversos segmentos, tais como educação, indústria, comércio, turismo, cultura e diplomacia".
Alguns países e regiões já debatem o tema há bastante tempo, como é o caso do Leste Europeu, que por anos sofreu com a "cortina de ferro", dizimando sua identidade cultural. Quando se fala de Lituânia, Estônia ou Letônia, qual a percepção que nos vem à cabeça? Nenhuma!
Enfim, o tema é super interessante e merece a nossa atenção. Mas fica uma dúvida: em um país como o nosso, com tantas injustiças e desigualdades, seria justo e coerente uma marca como essa?
País de todos... será???!
Essa expressão evidencia todo um cuidado quanto à criação e à gestão da marca de países ou regiões. "Em outras palavras, busca-se entender a verdadeira essência de um país ou região, olhando de dentro para fora, e criar uma visão estratégica única para ser aplicada em diversos segmentos, tais como educação, indústria, comércio, turismo, cultura e diplomacia".
Alguns países e regiões já debatem o tema há bastante tempo, como é o caso do Leste Europeu, que por anos sofreu com a "cortina de ferro", dizimando sua identidade cultural. Quando se fala de Lituânia, Estônia ou Letônia, qual a percepção que nos vem à cabeça? Nenhuma!
Enfim, o tema é super interessante e merece a nossa atenção. Mas fica uma dúvida: em um país como o nosso, com tantas injustiças e desigualdades, seria justo e coerente uma marca como essa?
País de todos... será???!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Essa vai para todos os colegas de profissão, para aqueles que gastam (ou não) horas em seus planejamentos, pensando estratégias de comunicação, "approach's", mídias e os benditos slogans de campanha.
Como não podíamos deixar passar em branco o maravilhoso mundo da política, vai aqui nossa observação. Tudo bem... a gente não pode sacrificar o candidato que se utilizou do sobrinho (ou de qualquer outro meio) para desenvolver sua comunicação. Compreendemos, também, que verba de político é sempre contadinha, conseguida com muito esforço e trabalho duro.
Enfim, de todas essas limitações a gente sabe. Mas, pelo que há de mais sagrado no universo do marketing, na hora de escolher o slogan, um pouco de senso crítico cai como uma luva.
O que os dois slogans abaixo possuem em comum? Um senso crítico familiar e bizarro.
Além disso, reparem. "O pai dos quadrigêmeos" tem algum problema na pele: ou é vitiligo (ficando branco) ou sol demais (ficando bem moreninho).
Pra frente Brasil!!!!
"O pai dos quadrigêmeos"
"O poder tem que menstruar"
Como não podíamos deixar passar em branco o maravilhoso mundo da política, vai aqui nossa observação. Tudo bem... a gente não pode sacrificar o candidato que se utilizou do sobrinho (ou de qualquer outro meio) para desenvolver sua comunicação. Compreendemos, também, que verba de político é sempre contadinha, conseguida com muito esforço e trabalho duro.
Enfim, de todas essas limitações a gente sabe. Mas, pelo que há de mais sagrado no universo do marketing, na hora de escolher o slogan, um pouco de senso crítico cai como uma luva.
O que os dois slogans abaixo possuem em comum? Um senso crítico familiar e bizarro.
Além disso, reparem. "O pai dos quadrigêmeos" tem algum problema na pele: ou é vitiligo (ficando branco) ou sol demais (ficando bem moreninho).
Pra frente Brasil!!!!
"O pai dos quadrigêmeos"
"O poder tem que menstruar"
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Branding. De alguma maneira, tudo acaba em branding.
O texto abaixo, de 30 de setembro, publicado pela Gazeta Mercantil, é interessante. Vale o questionamento... a você, empresário; a você, profissional de marketing.
"O sucesso de marcas e empresas no negócio de consumo depende da capacidade de entregar mais valor ao consumidor final. Consumidores tomam decisões nas escolhas de produtos, marcas e lojas e comparam valor percebido das alternativas, usando razão e emoção.
Valor percebido é determinado pela relação entre atributos, preço e condições e pode ser gerado de diversas formas. É possível entregar mais por mais, como as marcas de luxo e lojas diferenciadas (Louis Vuitton, Zaffari, Zona Sul); mais por menos, como as marcas de moda rápida e posicionamento 'cheap chic' (Zara, Target, Chili Beans); menos por menos, como os operadores de desconto (Aldi, Atacadão); ou mais pelo mesmo, como lojas que vendem produtos similares com experiência e serviços diferenciados (Apple Store, Fast Shop, Onofre).
É fundamental definir a proposta de valor da marca e evitar o buraco negro da indiferenciação, que leva o conceito a entregar o mesmo pelo mesmo e, portanto, ser facilmente substituível. Ou pior, o caminho da rápida extinção do menos por mais ou menos pelo mesmo."
Sua marca entrega valor? Sim?! Qual?
Mais por mais?
Mais por menos?
Menos por menos?
Mais pelo mesmo?
Dúvida cruel...
O texto abaixo, de 30 de setembro, publicado pela Gazeta Mercantil, é interessante. Vale o questionamento... a você, empresário; a você, profissional de marketing.
"O sucesso de marcas e empresas no negócio de consumo depende da capacidade de entregar mais valor ao consumidor final. Consumidores tomam decisões nas escolhas de produtos, marcas e lojas e comparam valor percebido das alternativas, usando razão e emoção.
Valor percebido é determinado pela relação entre atributos, preço e condições e pode ser gerado de diversas formas. É possível entregar mais por mais, como as marcas de luxo e lojas diferenciadas (Louis Vuitton, Zaffari, Zona Sul); mais por menos, como as marcas de moda rápida e posicionamento 'cheap chic' (Zara, Target, Chili Beans); menos por menos, como os operadores de desconto (Aldi, Atacadão); ou mais pelo mesmo, como lojas que vendem produtos similares com experiência e serviços diferenciados (Apple Store, Fast Shop, Onofre).
É fundamental definir a proposta de valor da marca e evitar o buraco negro da indiferenciação, que leva o conceito a entregar o mesmo pelo mesmo e, portanto, ser facilmente substituível. Ou pior, o caminho da rápida extinção do menos por mais ou menos pelo mesmo."
Sua marca entrega valor? Sim?! Qual?
Mais por mais?
Mais por menos?
Menos por menos?
Mais pelo mesmo?
Dúvida cruel...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Profissionais de marketing, ou melhor, todos os profisionais de hoje em dia, devem estar atentos ao que acontece pelo mundo. E mais ainda: estar preparados para o que os acontencimentos podem acarretar em seus negócios (ou nos locais onde trabalham).
É o caso da foto abaixo.
foto: upside marketing estratégico
O que aconteceu? Um carro pegou fogo e quase explodiu.
Onde aconteceu? Rua Almirante Barroso, Centro do Rio, em plena tarde movimentadíssima.
Quando aconteceu? Hoje.
O fotógrafo que conseguiu clicar o fato certamente ganhou muitos pontos com seu editor. A upside passava por lá na hora e o resultado é a foto (acima). Incorporamos o espírito "fotografador" e clicamos o ocorrido. Não conseguimos mandar para o site do Globo, mas enfim.
Para a foto não morrer em vão, a gente posta aqui. E para não cairmos na cilada do questionamento "mas o que isso tem a ver com marketing?", já alertamos:
Marketing é oportunidade.
Marketing é risco.
Tudo a ver, não?
É o caso da foto abaixo.
foto: upside marketing estratégico
O que aconteceu? Um carro pegou fogo e quase explodiu.
Onde aconteceu? Rua Almirante Barroso, Centro do Rio, em plena tarde movimentadíssima.
Quando aconteceu? Hoje.
O fotógrafo que conseguiu clicar o fato certamente ganhou muitos pontos com seu editor. A upside passava por lá na hora e o resultado é a foto (acima). Incorporamos o espírito "fotografador" e clicamos o ocorrido. Não conseguimos mandar para o site do Globo, mas enfim.
Para a foto não morrer em vão, a gente posta aqui. E para não cairmos na cilada do questionamento "mas o que isso tem a ver com marketing?", já alertamos:
Marketing é oportunidade.
Marketing é risco.
Tudo a ver, não?
sexta-feira, 28 de março de 2008
Lá vem a upside...
Ontem, no fórum de moda realizado pela Renata (Abranchs), tivemos uma oportunidade única de divulgar nosso trabalho. Com a própria Renata dando aquela força durante sua palestra, reforçando nosso nome várias vezes, ficou ainda melhor.
Dicas valiosíssimas. Tendências. Amostras. Contatos. Gente bonita. Gente diferente! Coffee break delicioso. Entendemos o significado do nosso slogan, e dessa vez quem experimentou sucesso foi a gente mesmo.
Renata, valeu!
upside marketing estratégico
Experimente sucesso!
quarta-feira, 26 de março de 2008
A Agência de propaganda Contemporânea, em seu site, divulgou uma lista com 10 dicas bem curiosas a respeito do que eles aprenderam em alguns anos de trabalho. São elas:
. Acredite em você
. Seja uma esponja
. Faça mais, mais, mais
. Aprenda as regras da profissão
. Mergulhe no problema a ser resolvido
. Cuidado com o poder da publicidade
. Não seja gênio
. Trabalhe 24 horas por dia
. Seja honesto, diga a verdade
Louvável a atitude da partilha profissional. Valeu, Contemporânea!
. Acredite em você
. Seja uma esponja
. Faça mais, mais, mais
. Aprenda as regras da profissão
. Mergulhe no problema a ser resolvido
. Cuidado com o poder da publicidade
. Não seja gênio
. Trabalhe 24 horas por dia
. Seja honesto, diga a verdade
Louvável a atitude da partilha profissional. Valeu, Contemporânea!
segunda-feira, 24 de março de 2008
terça-feira, 18 de março de 2008
Certas horas, nem a criatividade, marca registrada de todo e qualquer brasileiro, dá jeito.
Geralmente é assim que acontece: os clientes que nunca foram classificados como "vip's", que nunca receberam um tratamento "honesto", sequer uma atenção, são eles que, de fato, mantém uma empresa.
Mas advertimos: um dia eles também cansam...
Geralmente é assim que acontece: os clientes que nunca foram classificados como "vip's", que nunca receberam um tratamento "honesto", sequer uma atenção, são eles que, de fato, mantém uma empresa.
Mas advertimos: um dia eles também cansam...
Recuperar clientes...
...é...
...muito mais...
quarta-feira, 12 de março de 2008
"Jogador do La Coruña promete ficar sem sexo se fizer gol".
Soem as trombetas, toquem as guitarras, espanquem a bateria, liguem os amplificadores, aumentem o volume do microfone. Promessas como essa merecem uma divulgação estarrecedora e mundial.
Realmente aconteceu. A frase acima foi retirada do site o globo.com, dita pelo jogador de futebol Guzmán, do Deportivo La Coruña, time espanhol.
O que realmente intriga não é a promessa em si. Convenhamos... qualquer pessoa com um mínimo de auto-controle consegue a proeza de não ter relações sexuais, mesmo que por poucos dias ou semanas. Acontece, porém, que o tal jogador prometeu um período, digamos, bem ousado: 1 ano!
Imaginemos agora essa realidade no maravilhoso mundo do marketing, que, até onde sabemos, é feito de promessas. "A melhor sensação...", "o produto que deixa você linda", "o shake que emagrece". Ah... as promessas! Cumpridas ou não, o importante é fazê-las.
Realmente podemos levar a sério uma bobagem como essa? Pelo amor de Deus, será possível e viável que um homem no auge de seus 26 anos, em plena forma física, adorado e visto por milhares de pessoas, abstenha-se de sexo durante 365 dias?!
Pois é desse tipo de bobagem que muitas empresas vivem. É desse tipo de promessa absurda e polêmica que grandes empresários fundamentam seus negócios. Nem mesmo o fato de tal promessa gerar repercussões como esse post, por exemplo, pode ser considerado um fato positivo. Uma coisa é certa: hoje todos comentam a notícia (ou a campanha de publicidade); amanhã, o jogador (ou a empresa) será motivo de chacota caso não consiga segurar o passarinho na gaiola.
Portanto, não prometa aquilo que não pode ser cumprido. Ou melhor, não prometa aquilo que para os outros pode ser tido como duvidoso e irreal.
Abaixo, o resultado da pesquisa feita pelo site com os internautas.
Você ficaria um ano sem sexo se fizesse um gol importante, como prometeu um jogador do La Coruña?
Claro que sim, não há nada como marcar um gol! 7.48%
Nem por um gol nem por uma Copa do Mundo! 67.29%
Eu até prometeria, mas depois esqueceria... 22.43%
Só se fosse para ser o artilheiro do campeonato 2.80%
Total de votos: 107
segunda-feira, 10 de março de 2008
Foto: Gustavo Frederico. Leblon - RJ.
A cena é real e, mais ainda, hilária!
Podemos condenar o vendedor de Matte que bebe Coca Cola na praia? Sinceramente, não.
Onde estão os gestores da marca que não definem uma estratégia de marketing na qual todos os envolvidos ganhem, de fato, algo?Culturalmente nosso povo é o do jeitinho. As marcas são feitas de pessoas que precisam de orientação e ganhar algo mais do que um uniforme multicolorido! Será que na bomba do vendedor tem Matte Leão mesmo? Ou ele se esconde na fachada do uniforme e da identificação do consumidor para ganhar, mais uma vez, algo?
Infelizmente, ninguém ganhou. Nem a Coca, que não vai gostar de ver seu produto associado a outro, muito menos o Matte Leão, que talvez não esteja divulgando, de fato, seu produto.
Vamos aplicar na íntegra as idéias que vemos no exterior? Aplicar, adequando à realidade, é uma coisa; "deixar correr frouxo e fazer ações para inglês ver" é outra.
Mas que é engraçado, é! "Olha o Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatte!".
domingo, 9 de março de 2008
A cena já é bastante conhecida. Analisemos, pois, o desenrolar da trama...
Os aspirantes a oficiais do BOPE estão em uma aula teórica noturna sobre estratégia e o soldado 05 (André Matias) está dormindo.
Nascimento: "O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês stratégie... Os senhores estão anotando?"
Turno: "Sim, senhor!"
Nascimento: "Vou pedir isso na prova. ...em inglês strategy, em alemão strategie, em italiano strategia, em espanhol estrategia..."
Auxiliar: "Senhor coordenador! O senhor 05 está dormindo."
Nascimento: "Oh, Senhor 05!"
05: "Sim, senhor!"
Nascimento: "Tenha a bondade. [Entrega a 05 uma granada e puxa o pino] Senhor 05, se o senhor deixar essa granada cair, o senhor vai explodir o turno inteiro. O senhor vai explodir os seus colegas, o senhor vai explodir os meus auxiliares, o senhor vai me explodir. O senhor vai dormir, senhor 05?
05: "Não, senhor!"
Nascimento: "Estamos todos confiando no senhor.
Definitivamente, Capitão Nascimento é um homem sábio. Tão sábio que ensina a importância da estratégia para todos aqueles aspirantes a policiais do BOPE, o supra-sumo, o creme de la creme da nossa querida, respeitada e adorada polícia carioca.
Seguindo esse exemplo de perfeita didática, lembramos, mais uma vez, e de preferência aos mais sonolentos: dormir na hora de pensar a estratégica é explosão na certa!
A
COMUNICAÇÃO NÃO PODE
SER
TÁTICA
;
DEVE
SER
ESTRATÉGICA.
E assim começamos mais uma semana... sim, senhor!!
Os aspirantes a oficiais do BOPE estão em uma aula teórica noturna sobre estratégia e o soldado 05 (André Matias) está dormindo.
Nascimento: "O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês stratégie... Os senhores estão anotando?"
Turno: "Sim, senhor!"
Nascimento: "Vou pedir isso na prova. ...em inglês strategy, em alemão strategie, em italiano strategia, em espanhol estrategia..."
Auxiliar: "Senhor coordenador! O senhor 05 está dormindo."
Nascimento: "Oh, Senhor 05!"
05: "Sim, senhor!"
Nascimento: "Tenha a bondade. [Entrega a 05 uma granada e puxa o pino] Senhor 05, se o senhor deixar essa granada cair, o senhor vai explodir o turno inteiro. O senhor vai explodir os seus colegas, o senhor vai explodir os meus auxiliares, o senhor vai me explodir. O senhor vai dormir, senhor 05?
05: "Não, senhor!"
Nascimento: "Estamos todos confiando no senhor.
Definitivamente, Capitão Nascimento é um homem sábio. Tão sábio que ensina a importância da estratégia para todos aqueles aspirantes a policiais do BOPE, o supra-sumo, o creme de la creme da nossa querida, respeitada e adorada polícia carioca.
Seguindo esse exemplo de perfeita didática, lembramos, mais uma vez, e de preferência aos mais sonolentos: dormir na hora de pensar a estratégica é explosão na certa!
A
COMUNICAÇÃO NÃO PODE
SER
TÁTICA
;
DEVE
SER
ESTRATÉGICA.
E assim começamos mais uma semana... sim, senhor!!
quinta-feira, 6 de março de 2008
Tudo começa com uma idéia, ou uma imposição, ou um aglomerado de informações confusas. Não se iludam! Geralmente é assim que nascem as peças publicitárias.
Planeja.
Discute.
Cria.
Envia.
Recebe.
Discute.
Xinga.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Observa.
Resmunga.
Xinga.
Discute.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Enlouquece.
Grita.
Xinga.
Infarta.
Sobrevive.
Discute.
Silencia.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Respira.
Sorri.
Levanta.
E vai pra casa...
A gente sabe que esse processo de stress e cansaço mental é fruto de um ciclo vicioso. É como a política: pra dar certo, teria que começar tudo de novo, desde Adão e Eva.
Mas como isso é praticamente impossível, o jeito é aprimorar seu relacionamento com as pessoas - porque lá no fundo, bem lá no fundo, tudo é uma questão de relacionar-se com o outro.
A frase "o cliente tem sempre razão" nunca foi tão verdadeira. Discussão só traz irritação e gastrites. Certamente, em 85% dos casos, você, profissional de marketing, estará com a razão. Porém, para a vaidade, você sempre sairá como perdedor.
Já pensou como o seu jeito de encarar os fatos e, principalmente, de se portar frente ao cliente pode mudar totalmente o rumo de uma campanha? Que o cliente tem sempre razão, já sabemos. Que possuimos grande influência sobre ela, ainda precisamos descobrir.
Moral da história: nunca subestime o potencial de um tapinha nas costas...
Planeja.
Discute.
Cria.
Envia.
Recebe.
Discute.
Xinga.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Observa.
Resmunga.
Xinga.
Discute.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Enlouquece.
Grita.
Xinga.
Infarta.
Sobrevive.
Discute.
Silencia.
Refaz.
Envia.
Recebe.
Respira.
Sorri.
Levanta.
E vai pra casa...
A gente sabe que esse processo de stress e cansaço mental é fruto de um ciclo vicioso. É como a política: pra dar certo, teria que começar tudo de novo, desde Adão e Eva.
Mas como isso é praticamente impossível, o jeito é aprimorar seu relacionamento com as pessoas - porque lá no fundo, bem lá no fundo, tudo é uma questão de relacionar-se com o outro.
A frase "o cliente tem sempre razão" nunca foi tão verdadeira. Discussão só traz irritação e gastrites. Certamente, em 85% dos casos, você, profissional de marketing, estará com a razão. Porém, para a vaidade, você sempre sairá como perdedor.
Já pensou como o seu jeito de encarar os fatos e, principalmente, de se portar frente ao cliente pode mudar totalmente o rumo de uma campanha? Que o cliente tem sempre razão, já sabemos. Que possuimos grande influência sobre ela, ainda precisamos descobrir.
Moral da história: nunca subestime o potencial de um tapinha nas costas...
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Mas, afinal, o que é marketing?
Marketing é uma interação, uma troca entre pessoas ou entre pessoas e empresas.
Basicamente, esse é o conceito fundamental do marketing. Pressupõe-se, então, que nesse processo deva exitir, em suas estruturas mais básicas, ética, equilíbrio e satisfação para ambos os lados.
É muito importante a análise crítica antes da iniciação de qualquer troca. Ela deve possuir os atributos acima para se tornar, de fato, atraente e viável. Trocar diamante por livro pode ser justo para uns, porém péssimo negócio para outros.
O grande desafio para pessoas, clientes e empresas é a decifração desse código que - dizemos com certa experiência - revela-se muito mais complexo que qualquer hieroglifo do Egito antigo. Decifrar pessoas é tarefa muito árdua. Afinal, como saber o peso de um diamante e de um livro no coração de cada um?
Ao realizar uma troca, atente-se para isso: o que ofereço possui algum valor para o outro? O que ofereço é relevante? Atraente? Onde está meu diferencial? Nos atributos que ofereço?
O amadurecimento comercial vem justamente quando essas perguntas começam a desabrochar. E desde já alertamos: não repare se em meio a essas dúvidas você descobrir que os seus diamantes ainda são muito brutos e que seu livro ainda está longe de um final feliz. Todo começo de interação é meio dificil...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Com certeza essa frase que tem o Tarzan como personagem principal é antiga, ou seja, já deve ter servido de exemplo pra muita gente, despertando pensamentos indignados, causando revolta nos empresários mais sabidos e desavisados, além de ótimas lições de vida.
Aproveitando essa onda, a frase é para nós - também - lição e bofetada. Um pensamento para não nos perdermos na selvageria do mercado, na pressa de obter resultados e na queda inevitável em todo esse ciclo vicioso, sustentado apenas por alguns cipós... bem velinhos...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Uma vez disseram que a propaganda era a alma do negócio. A Upside vai um pouco além e diz: a criatividade é a alma do negócio.
Criatividade essa que não é usada somente no último estágio do processo de comunicação, ou seja, o contato direto com o cliente, mas administrada, sem prescrição e dosagem limitada, em todo o processo de planejamento. Ou seriam essas idéias maravilhosas frutos de insights solitários, carentes de informação, respaldados por briefings medíocres?
Em todo o processo, confirmamos nós, a criatividade deve reinar. Mais ainda: no início, no meio e no fim do processo de planejamento. Se da fonte não jorrar inovação, a tal da criatividade fica como aquela sacola: querendo gritar, mas com a boca cheia de dedos...
*Foto retirada do site suportexp.wordpress.com
sábado, 16 de fevereiro de 2008
"Planejar é fundamental, porém fazer as ações saírem do papel é o grande desafio. Pela experiência na condução de mais de três dezenas de projetos envolvendo pequenas e médias empresas, não tenho dúvidas de que sai muito mais barato contratar, por um tempo pré-determinado, a experiência de profissionais que, além de proporcionarem uma visão externa, ajudarão a sua empresa a planejar e implantar o que foi sugerido. Então, aproveite o início do ano e comece a planejar." Alessandro Basile.
E olha que nem conhecemos o Alessandro. Portanto, essa ode àquilo que valorizamos e, coincidentemente, à fonte de nossa sobrevivência, merece reflexão. Nada tivemos a ver com tal publicação retirada do site Mundo do Marketing. Se pudéssemos, colocaríamos preciosidades como essa todo dia na web (ou onde fosse). Mas quem sabe um dia... tudo é uma questão de planejamento!
E olha que nem conhecemos o Alessandro. Portanto, essa ode àquilo que valorizamos e, coincidentemente, à fonte de nossa sobrevivência, merece reflexão. Nada tivemos a ver com tal publicação retirada do site Mundo do Marketing. Se pudéssemos, colocaríamos preciosidades como essa todo dia na web (ou onde fosse). Mas quem sabe um dia... tudo é uma questão de planejamento!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
"O sucesso é uma jornada, não o destino". Ben Sweetland
Inauguramos o blog com essa frase do Ben (nosso amigo íntimo), extremamente pertinente e esclarecedora. Acreditamos que o nosso maior desafio é esse mesmo: desenvolver uma mentalidade de longo prazo em nossos clientes. Não é à toa que a frase acima encerra quase todas as apresentações feitas pela upside.
Você já parou para pensar nisso? A vida da gente é um longo prazo constante...
Inauguramos o blog com essa frase do Ben (nosso amigo íntimo), extremamente pertinente e esclarecedora. Acreditamos que o nosso maior desafio é esse mesmo: desenvolver uma mentalidade de longo prazo em nossos clientes. Não é à toa que a frase acima encerra quase todas as apresentações feitas pela upside.
Você já parou para pensar nisso? A vida da gente é um longo prazo constante...
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