terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vamos pensar:

você, há anos atrás, monta sua empresa. Cheio de gás e disposição, começa a desenvolver trabalhos e a prestar serviços de qualidade que, segundo sua percepção, são de altíssimo nível. O tempo passa e você, definitivamente, não consegue mensurar o real valor que a sua idéia atingiu ao longo de todos esses anos. Então, finalmente, pergunta-se: afinal, quanto vale a minha marca?

Jez Frampton, presidente da consultoria Interbrand, costuma utilizar um exemplo do escritor alemão Goethe para responder à essa pergunta. Segundo o escritor, "a Marinha inglesa, na época a mais poderosa do mundo, costumava colocar um fio vermelho na urdidura de todas as cordas usadas em seus navios com o objetivo de identificá-las como propriedade da Coroa Britânica. O fio era impossível de ser removido da corda sem que fosse necessário desmanchá-la completamente".

Frampton explica que "a marca é como o fio vermelho. Ela permeia todo o negócio, torna-se um poderoso instrumento econômico capaz de gerar valor para a companhia e é impossível de ser separada do todo".

Ele ainda afirma que "o valor de uma marca é uma conexão entre o coração, o cérebro e o bolso das pessoas, ou seja, combina confiança, expectativas e capacidade de gerar negócios".

A cada ano, a equipe comandada por Frampton se debruça sobre balanços de centenas de empresas de todo o planeta, destrincha relatórios de analistas especializados e realiza pesquisas
de opinião para montar a lista das 100 marcas globais mais valiosas. Trata-se da mais respeitada avaliação sobre marcas, publicada em parceria com a revista americana de negócios BusinessWeek.

Para chegar ao valor de uma marca, a Interbrand, por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade
da marca para gerar lucros futuros. Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas empresas em mercados promissores.

Um ótimo exemplo de marca forte é a Apple, empresa gerida por Steve Jobs. Segundo a Interbrand, possui um valor de 10 bilhões de dólares.


"É justamente em tempos de crise que uma marca forte se revela determinante, já que funciona como uma referência para um consumidor cercado por incertezas".

Então, você já sabe: da próxima vez em que se perguntar sobre o real valor de sua marca, não esqueça de levar em consideração os conceitos acima descritos. Já imaginou sua marca no próximo relatório da Interbrand? Que susto!!

http://www.interbrand.com/

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